27/04/2014

Por que me deu o sim pra me dar o não?

Das mil probabilidades,
Das infinitas possibilidades,
A mais improvável,
A mais impensável,
A melhor,
A pior,
Aquela que traria felicidade,
Aquela que traria saudade,
A tristeza,
A princesa,
Aquela que eu não sei bem o porquê,
Foi aquela que me levou a você.

Relutante em aceitar a peça pregada pela vida,
Fui obrigado a me esconder atrás dos versos,
Relutância apenas movida,
Pelo medo do amor imerso.

Dormi pensando em você um dia,
Coisa normal,
Coisa anormal,
Mas bem que eu queria,
Que o sonho fosse uma ilusão real.
Para nunca mais ter que voltar,
E a minha própria realidade modelar,
Sem motivos, sem erros, sem despedidas,
E com massinha nos dedos modelar a vida.

Seria o amor o resumo da perfeição,
Ou o resumo da eternidade?
Pois nunca é eterno, e sim uma fração,
Pequena fração de felicidade.
Felicidade que resumiu a alegria,
Quando eu sonhei aquele dia,
Poderia ser real, não poderia?
Por que não podemos controlar pelo menos nossa sina?
Por que eu não pude escolher entre conhecer ou não a menina?
Foram apresentados diversos nãos para mim,
Mas com que fim?
Preservar a fração da minha felicidade,
O resumo da minha alegria?
Ou restabelecer no ego a veracidade,
Que você é o que não foi aquele dia?

Inúteis desculpas, inúteis sentimentos,
Inúteis palavras, inúteis momentos,
Inúteis rimas, inúteis visitas,
Sinceridade inútil, esquecida menina bonita.
Promessas arrancadas do mar de mágoas passadas,
Trouxeram mais mentiras para recuperar felicidade alheia,
Ajudas fracassadas,
Julgando o que a rodeia.

Poderia ser mais fácil se tudo seguisse seu sentido natural,
Horas no telefone, um poema especial,
Um amigo pra todas as horas, essa promessa igual.
Por quê? Diga-me então!
Por que me deu o sim pra me dar o não?

24/04/2014

Pensamento em crise

Jamais serei capaz
De entender
Porque insisto nessa ideia
Do "eu e você"

Dia e noite
Noite e dia
Tudo o que quero
É a sua companhia

O sentimento é abstrato
Sem uma única definição,
Mas sempre tento explicar
Usando conotação

Já virou necessidade
Estar com você
É algo imutável
Fácil de ver

Uma análise natural
Do meu pensamento em crise
Nada convencional
Nada que reprise

18/04/2014

Olhe pras estrelas

Olhe pras estrelas,
Consegue vê-las?
Tão lindas quanto a repetição dos versos,
E mais escondidas que seus refúgios,
Tentar parar de olhar... acho que não dará muito certo,
E se esconder-se novamente, certifique-se de estar mais perto,
De mim.

Então dormi mais cedo,
Não tive mais medo,
Do que poderia ou não acontecer comigo,
Reflexões sem sentido numa noite estrelada,
Tentar parar de pensar, não acho que seja algo interno,
E quando me escondi novamente, parecia mais o inferno,
Em mim.

Não da pra ganhar,
Não dá pra pensar,
Não dá pra sonhar, tão imerso,
Neste branco verso.

E olhando pro chão,
Vi que tudo foi em vão,
Porque as estrelas só se movem quando querem,
Porque nossos pensamentos são abstratos apenas,
A imensidão não preencheu, mas bem que tentou,
E mesmo o futuro sendo seu, um vazio se formou,
Em mim.

13/04/2014

Herói


Não quero ser
Outro qualquer
Quero fazer História
Viver para lutar
Destinar o meu tempo às batalhas
 Não cometer falhas
Sair em busca de uma aventura
 Caçar minha comida
Salvar alguma vida
 Lutar, lutar e lutar
Sem nunca falhar
Tudo que preciso:
 Espada, escudo
E juízo
Talvez alguma companhia
 Viajarei todos os dias
 Em busca de minha chance
De morrer como herói.
 

09/04/2014

Deve acabar?

Em todo instante consigo me lembrar,
Talvez me impedindo de dormir,
Você, mais tranquila que um tranquilo mar,
Calmamente se propondo a sorrir.

E quando me lembro daquele olhar,
Me dá arrepios por de novo sentir,
Seus olhos, seu jeito, seu dialogar,
Uma leve tristeza venho a exprimir.

Sinto saudades do que era abraçar,
E no mar da paixão deixar-se cair,
Com nada importante pra se preocupar,
Apenas contigo mais vezes sair.

Triste foi o momento de se separar,
E ao longe, inquieto, ver você ir,
Por ter um começo, tem de acabar?
Por terdes chegado, tens de partir?

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Ah, a saudade. Sentimento inspirador... porém um tanto quanto melancólico.

03/04/2014

Atitude temerária

Conflito entre sentimento e razão,
Porque precisa ser assim?
Ah, pequeno coração
Tire-o de mim.

É difícil,
Ele já virou um vício
Mas não sei se é amor
Ou mísera utopia

Qualquer atitude seria temerária,
Poderia levar ao fim não somente o futuro
Mas passado e presente,
Tudo o que sonhei pra gente.

As cartas secretas de amor
Perderiam seu valor,
E ferida aberta
Ganharia no peito.

A saudade consumiria
Toda e qualquer energia
E então ficaria só
Sem vislumbre de tua presença