30/03/2014

Esperança sendo devaneio ateu

Sua voz, minha calmaria,
Seu jeito, o sol no dia,
Mas quando você se foi meu pensamento fez curvas,
Deixando irreparáveis imagens mais turvas.

Se o pranto, no entanto vier como um canto,
O espanto que tanto parecerá ao encanto,
Satisfará a sombra mergulhada ao nanquim,
Sendo terrível, terrível à mim.

Pertencem a ti a beleza e a tristeza,
Tenha certeza, nobre princesa,
Pois contigo a felicidade era incontável como os grãos de areia,
Mas sem ti, o que era belo se tornava a coisa mais feia.

Esquecer seus olhos vidrados nos meus,
Fazer das esperanças, devaneios ateus,
Sem outro propósito, a vida simplesmente se destina,
A esquecer a voz, o jeito e a beleza daquela menina.

25/03/2014

Primavera


A esperada primavera

Me acolheu com suas cores

Tudo que precisava

Levou embora as dores.

A muito estava triste,

Mas algumas coisas mudaram

E minha alma

Alegraram.

Mas não quero parar por aqui

Mudanças,

Mexem com as esperanças

O que pode acontecer?

Sem muito o que temer,

Vou seguindo em frente,

Que os momentos especiais venham

E fiquem em mente.

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Aquele sobre a primavera ;) (mesmo estando no Outono)

14/03/2014

Poesias ou traduções?

Ah, 14 de março, Dia Nacional da Poesia... nada melhor do que falar dos sentimentos escritos muitas vezes, por grandes poetas. Novos ou antigos, jovens ou velhos, felizes ou tristes, todos tentaram traduzir um pedacinho da nossa alma, aquele pedacinho que poucos enxergam. Suas poesias se comportavam como o reflexo do amor, da alegria e das coisas cotidianas. As palavras lá escritas soam como nosso próprio interior, falando com quem as lê. Em minha humilde opinião, como apreciador dessa arte, poesias não são apenas frases, rimas, versos e estrofes, são o próprio sentimento transcrito em letras. Afinal, ''poesia'' rima tanto com ''alegria'' quanto com ''melancolia''.

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Enquanto a professora explicava o romantismo,
Eu não estava atento,
No romance, um amor, o misticismo,
De explicar um nobre sentimento.

E poetas conseguiram fazer,
O que fazemos geração após geração?
Conseguiram compreender,
Os segredos do coração?

Mas com palavras profundas descreveram,
Na alma o mais forte suspiro,
Mais e mais o engrandeceram,
E nisso me inspiro.

Os poetas,
O que sentiam em sua alma?
Almas bem inquietas,
Ou calejadas por um trauma...

Muitos felizes, muitos sombrios,
Muitos estranhos, causando arrepios.
Muitos alegres, cheios de cor,
Muitos tristes, sofrendo de amor.

E tal chama, mais forte que sol ardente,
Ardendo tão intensamente,
Fez dos poetas hábeis tradutores,
Tentando traduzir todos seus amores.

12/03/2014

Fora de alcance


Você me diz que eu não tenho jeito
E eu levo na gargalhada
Diz que não há tempo,
Mas quero ser sua amada.

E por mais longe que esteja,
Sonho acordada
Não há o que fazer,
Estou encantada.

Queria entrar na sua mente
Saber o que pensa de mim
Entender tudo o que sente
Arriscar sem medo, enfim.

Será que daria certo?
Eu teria minha chance?
Ou ficaria triste,
Fora de seu alcance?

10/03/2014

Infinito e bonito

Amor infinito,
Bem mais que bonito,
Se fosse só meu...

A paixão eu irrito,
E parece um mito,
No coração teu...

Os olhos eu fito,
No que foi escrito,
A punho meu...

Continuando bonito,
O que há tempos eu cito:
Meu amor é só seu.

08/03/2014

Sem título #1


O Lucas deve estar uma fera com a minha demora, hahah

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O que sinto por você
Não é efêmero
É complexo
Muitas vezes sem nexo
Um vício
Uma ilusão
Afeta diretamente minha vida
Muda a composição
E por mais que procure
Não há quem assegure
Toda essa emoção
Toda essa razão
Como você

04/03/2014

As gotas fazem poças

Em dias chuvosos,
Pensamentos generosos, 
Vem à mim a todo momento, 
Descartando o esquecimento.

Trovões me assustam, 
Como a paixão no seu começo, 
No coração as batidas pulsam, 
E dizem: ''Eu mereço, eu mereço''.

As gotas fazem poças, 
As nuvens se tornam escuras, 
Elas me lembram moças, 
Que antes eram inseguras.

A claridade assustadora, 
De um relâmpago qualquer, 
É igual à paixão enlouquecedora, 
De uma bela mulher.

Rápida e gerando muito som, 
Ilumina o que está ao redor, 
E o que não era justo e bom, 
Era o pior do pior.

Uma dose de moral com ética, 
Mistura meio patética, 
Pra quem já queria se afundar e se perder, 
Cansado de sair pra se esconder.

E nos dias de chuva, 
O tempo é como meu interior, 
Às vezes uso luva, 
Às vezes blindo meu amor.

Desejando ser inconsequente, 
Mas só colhendo problemas, 
A imagem decrescente, 
Se reflete nos poemas.

As respirações lentas, 
Ao ver a chuva passar, 
Com as memórias violentas, 
Deixando o vento as levar.

Voltando pra minha janela pequena, 
Com o vidro embaçado, 
Aquela sensação que me envenena, 
É como estar atrasado.

Com a garoa leve, 
Desejando neve, 
Torcendo pra vê-la cair, 
Nesse devaneio vim a sorrir.

Lembrei da voz e do seu olhar, 
Fechei os olhos de repente, 
Não sei se queria rir ou chorar, 
Mas só queria vê-la novamente.

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Aquele típico poema que se faz em um dia de chuva...

02/03/2014

Quem é você?

Quem é você?
Que me atormenta com suas poucas palavras,
Que me deixa frágil,
Transforma em delicada porcelana.

Quem é você?
Que está presente,
Mas distante
Que não sai da minha mente

Cai nos seus encantos
Sem escolher
E toda minha luta foi inútil.
Você venceu sem perceber.

Me diga como faz isso!
Como consegue?
Se ao menos prestasse atenção,
Saberia que não é em vão.

Quem é você que não enxerga
Suas melhores qualidades,
Que faz mistério sobre si mesmo,
Quem é você?